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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Eterno Poeta Carlos Drummond de Andrade



Nascimento31 de outubro de 1902
ItabiraMinas Gerais
Morte17 de agosto de 1987 (84 anos)
Rio de JaneiroRJ
Nacionalidade Brasileiro
OcupaçãoPoetacontista
Escola/tradiçãoModernismo

Carlos Drummond de Andrade – Poemas

Carlos Drummond de Andrade 
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Drummond e o modernismo brasileiro

Drummond, como os modernistas,segue a libertação proposta por Mário e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo.Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade.

[editar]A poesia de Drummond

Estátuas Dois poetas, na cidade dePorto Alegre. Em pé, Carlos Drummond de Andrade. Sentado,Mário Quintana. Drummond tinha um livro de bronze nas mãos, que foi roubado. As pessoas agora colocam sempre um livro nas mãos do poeta. Na foto, o livro que está com ele é "Diário de um Ladrão", do Jean Genet.
Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas. Mas vai além. "A obra de Drummond alcança — como Fernando Pessoa ou Jorge de LimaHerberto Helderou Murilo Mendes — um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ouprospectivas", afirma Alfredo Bosi (1994).
Affonso Romano de Sant'ana costuma estabelecer que a poesia de Carlos Drummond a partir da dialética "eu x mundo", desdobrando-se em três atitudes:
  • Eu maior que o mundo — marcada pela poesia irônica
  • Eu menor que o mundo — marcada pela poesia social
  • Eu igual ao mundo — abrange a poesia metafísica
Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame. Muito a propósito da sua posição política, Drummond diz, curiosamente, na página 82 da sua obra "O Obervador no Escritório", Rio de Janeiro, Editora Record, 1985, que "Mietta Santiago, a escritora, expõe-me sua posição filosófica: Do pescoço para baixo sou marxista, porém do pescoço para cima sou espiritualista e creio em Deus."
No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.
Verdade 


A porta da verdade estava aberta, 
mas só deixava passar 
meia pessoa de cada vez. 

Assim não era possível atingir toda a verdade, 
porque a meia pessoa que entrava 
só trazia o perfil de meia verdade. 
E sua segunda metade 
voltava igualmente com meio perfil. 
E os meios perfis não coincidiam. 

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. 
Chegaram ao lugar luminoso 
onde a verdade esplendia seus fogos. 
Era dividida em metades 
diferentes uma da outra. 

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. 
Nenhuma das duas era totalmente bela. 
E carecia optar. Cada um optou conforme 
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Obra literária

[editar]Poesia

Foto do Memorial Carlos Drummond de Andrade, em Itabira.
  • Alguma Poesia (1930)
  • Brejo das Almas (1934)
  • Sentimento do mundo (1940)
  • José (1942)
  • A Rosa do Povo (1945)
  • Claro Enigma (1951)
  • Fazendeiro do ar (1954)
  • Quadrilha (1954)
  • Viola de Bolso (1955)
  • Lição de Coisas (1964)
  • Boitempo (1968)
  • A falta que ama (1968)
  • Nudez (1968)
  • As Impurezas do Branco (1973)
  • Menino Antigo (Boitempo II) (1973)
  • A Visita (1977)
  • Discurso de Primavera e Algumas Sombras (1977)
  • O marginal Clorindo Gato (1978)
  • Esquecer para Lembrar (Boitempo III) (1979)
  • A Paixão Medida (1980)
  • Caso do Vestido (1983)
  • Corpo (1984)
  • Eu, etiqueta (1984)
  • Amar se aprende amando (1985)
  • Poesia Errante (1988)
  • O Amor Natural (1992)
  • Farewell (1996)
  • Os ombros suportam o mundo(1935)
  • Futebol a arte (1970)
  • Naróta do Coxordão (1971)
  • Da utilidae dos animais

[editar]Antologia poética

  • A última pedra no meu caminho (1950)
  • 50 poemas escolhidos pelo autor (1956)
  • Antologia Poética (1962)
  • Antologia Poética (1965)
  • Seleta em Prosa e Verso (1971)
  • Amor, Amores (1975)
  • Carmina drummondiana (1982)
  • Boitempo I e Boitempo II (1987)
  • Minha morte (1987)

[editar]Infantis

  • O Elefante (1983)
  • História de dois amores (1985)
  • O pintinho (1988)

[editar]Prosa

  • Confissões de Minas (1944)
  • Contos de Aprendiz (1951)
  • Passeios na Ilha (1952)
  • Fala, amendoeira (1957)
  • A bolsa & a vida (1962)
  • A minha Voda (1964)
  • Cadeira de balanço (1966)
  • Caminhos de João Brandão (1970)
  • O poder ultrajovem e mais 79 textos em prosa e verso (1972)
  • De notícias & não-notícias faz-se a crônica (1974)
  • Os dias lindos (1977)
  • 70 historinhas (1978)
  • Contos plausíveis (1981)
  • Boca de luar (1984)
  • O observador no escritório (1985)
  • Tempo vida poesia (1986)
  • Moça deitada na grama (1987)
  • O avesso das coisas (1988)
  • Auto-retrato e outras crônicas (1989)
  • As histórias das muralhas (1989)

    Obra literária

    [editar]Poesia

    Foto do Memorial Carlos Drummond de Andrade, em Itabira.
    • Alguma Poesia (1930)
    • Brejo das Almas (1934)
    • Sentimento do mundo (1940)
    • José (1942)
    • A Rosa do Povo (1945)
    • Claro Enigma (1951)
    • Fazendeiro do ar (1954)
    • Quadrilha (1954)
    • Viola de Bolso (1955)
    • Lição de Coisas (1964)
    • Boitempo (1968)
    • A falta que ama (1968)
    • Nudez (1968)
    • As Impurezas do Branco (1973)
    • Menino Antigo (Boitempo II) (1973)
    • A Visita (1977)
    • Discurso de Primavera e Algumas Sombras (1977)
    • O marginal Clorindo Gato (1978)
    • Esquecer para Lembrar (Boitempo III) (1979)
    • A Paixão Medida (1980)
    • Caso do Vestido (1983)
    • Corpo (1984)
    • Eu, etiqueta (1984)
    • Amar se aprende amando (1985)
    • Poesia Errante (1988)
    • O Amor Natural (1992)
    • Farewell (1996)
    • Os ombros suportam o mundo(1935)
    • Futebol a arte (1970)
    • Naróta do Coxordão (1971)
    • Da utilidae dos animais

    [editar]Antologia poética

    • A última pedra no meu caminho (1950)
    • 50 poemas escolhidos pelo autor (1956)
    • Antologia Poética (1962)
    • Antologia Poética (1965)
    • Seleta em Prosa e Verso (1971)
    • Amor, Amores (1975)
    • Carmina drummondiana (1982)
    • Boitempo I e Boitempo II (1987)
    • Minha morte (1987)

    [editar]Infantis

    • O Elefante (1983)
    • História de dois amores (1985)
    • O pintinho (1988)

    [editar]Prosa

    • Confissões de Minas (1944)
    • Contos de Aprendiz (1951)
    • Passeios na Ilha (1952)
    • Fala, amendoeira (1957)
    • A bolsa & a vida (1962)
    • A minha Voda (1964)
    • Cadeira de balanço (1966)
    • Caminhos de João Brandão (1970)
    • O poder ultrajovem e mais 79 textos em prosa e verso (1972)
    • De notícias & não-notícias faz-se a crônica (1974)
    • Os dias lindos (1977)
    • 70 historinhas (1978)
    • Contos plausíveis (1981)
    • Boca de luar (1984)
    • O observador no escritório (1985)
    • Tempo vida poesia (1986)
    • Moça deitada na grama (1987)
    • O avesso das coisas (1988)
    • Auto-retrato e outras crônicas (1989)
    • As histórias das muralhas (1989

      Ausência
      Por muito tempo achei que a ausência é falta.
      E lastimava, ignorante, a falta.
      Hoje não a lastimo.
      Não há falta na ausência.
      A ausência é um estar em mim.
      E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
      que rio e danço e invento exclamações alegres,
      porque a ausência, essa ausência assimilada,
      ninguém a rouba mais de mim.
      *
      O Sobrevivente
      Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
      Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de verdadeira poesia.
      O último trovador morreu em 1914.
      Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.
      Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
      Se quer fumar um charuto aperte um botão.
      Paletós abotoam-se por eletricidade.
      Amor se faz pelo sem-fio.
      Não precisa estômago para digestão.
      Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
      muito para atingirmos um nível razoável de
      cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.
      Os homens não melhoram
      e matam-se como percevejos.
      Os percevejos heróicos renascem.
      Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
      E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.
      (Desconfio que escrevi um poema.)

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